A abertura do terceiro dia do espaço Think Tank Stage da Social Media Week São Paulo teve a participação de Jean Boechat, diretor de criação executivo da Age Isobar; Igor Puga, partner executive diretor da ID/TBWA; Kika Agostini, diretora de mídia do Grupo TV1; e Igor Saraiva, strategic designer @PorQueNao_mobi. O assunto abordado no encontro foi “Conversa estranha com gente esquisita”.
Quando uma empresa decide participar do mundo em rede, ela precisa estar ciente de que está abrindo um canal de comunicação com os mais diferentes e diversos tipos de pessoas, desde os apaixonados por suas marcas, os que interagem a todo o momento, os que se mantêm anônimos, até os mais provocativos. É preciso estar atento a todos e responder sempre de forma coesa e linear em todos os canais da web em que a marca está presente. Além disso, as marcas precisam lidar com os conhecidos “fakes”, perfis inventados, muita vezes de personalidades e celebridades, e os “trolls”, que têm o poder de controlar uma grande gama de seguidores.
Para Kika, todos os consumidores devem ser respondidos, “aos poucos já começamos a diferenciar o hunter, o troller e aquele que deseja se envolver com a marca.” Ela lembra que sempre é preciso levar em consideração a conduta ética da empresa na hora da resposta.
Na opinião de Boechat, o que acontece muito hoje nas redes sociais é a chamada Chantagem 2.0. “Todo mundo quer uma resposta rápida e alguma coisa de graça. Reclama, reclama para ganhar um brinde da empresa, infelizmente isso acontece com muita frequência nas redes sociais. Nesses casos, é papel das agências orientar os clientes, mas a decisão final é sempre da companhia”, disse.
“Essa relação só se torna legítima quando o consumidor percebe que está sendo atendido por uma pessoa que tem a autonomia para responder pela marca e resolver o problema dele naquela hora”, afirmou Puga, da ID/TBWA.
Os participantes do debate são unanimes na opinião de que a marca não precisa estar presente em todos os canais disponíveis hoje na internet, e é papel das agências esclarecer isso. “Não é porque todo mundo está nas redes sociais que sua marca tem que estar num ambiente se ela não estiver preparada para isso”, afirmou Kika. “É preciso definir em quais redes o cliente vai estar, não necessariamente ele tem que estar em todas, é melhor estar em uma ou outra bem, do que espalhado sem qualidade”, completou.
Quando o assunto abordado foi ética nas redes sociais, Boechat lembrou bem que “não existe meio caráter, isso para usuários, empresas e também governos.” Para Puga, o problema com a ética não está restrito às redes sociais. “Na verdade, a falta de ética sempre existiu, só mudou a ferramenta.”
Fonte: http://proxxima.com.br/proxxima/negocios/noticia/2012/02/15/Marcas-buscam-equil-brio-nas-redes-sociais
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